quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Embalada pelo mar

Também para os amantes da praia e do mergulho Toda a costa oeste da ilha, banhada pelas águas quentes e límpidas do Canal de Moçambique, é um paraíso para os amantes da praia e do mergulho. Em Ifaty, a sul, ficamos 2 dias, a disfrutar da praia tranquila, a observar a azáfama dos pequenos carangueijos na areia, a saborear o marisco fresco acabado de apanhar. Mas é em Nosy Be (ilha grande) que passamos os últimos dias de férias. É glorioso passear de lancha por entre as inúmeras ilhas ao largo de Ambaja, a noroeste, acompanhados pelo saltitar dos golfinhos. Fazemos snorkeling e mergulho em Nosy Tanikely (terra pequena) para descobrir a reserva submarina protegida: peixe-palhaço, peixe-crocodilo, lagostas, tartarugas, estrelas do mar, corais e incontáveis cardumes de variadíssimas espécies e incríveis combinações de cores. O simples disfrutar da praia pode igualmente ser uma aventura. Manadas de zebus, conduzidas por crianças, passeiam-se no areal e tomam relaxantes banhos de mar, indiferentes aos “vazas” e às inúmeras conchas, de formas e cores surpreendentes, que dão à costa, embaladas pelo mar.
Presença portuguesa No extremo norte de Madagascar, situa-se a cidade de Diego Suarez (ou Antsiranana). Apesar da grafia “espanholada”, a cidade ao largo da segunda maior baia do mundo, deve o seu nome aos dois navegadores portugueses que a descobriram em 1500, Diogo Dias e Fernando Soares. Foi refúgio de piratas, e mais tarde tornou-se uma base naval francesa durante a colonização. A decadência dos edifícos contrasta com a vivacidade dos habitantes e com a luminosidade turqueza das águas pouco profundas do Mar de Esmeralda. A 30 Km dali, em plena montanha d’Ambre, encontramos mais uma presença portuguesa. Desta vez, na forma de uma encantadora cadelinha, de nome Pepita. O seu dono, chef de cozinha francês no resort onde prenoitamos, encontrara-a abandonada no Algarve, três anos antes!!
Destino a descobrir Pela variedade paisagística, pela flora e fauna exuberantes, pelas inúmeras espécies endémicas, pela simpatia do povo e pela promessa de aventura, este destino, ainda pouco explorado, é bem merecedor de constar no mapa dos paraísos terrestres a descobrir e preservar.... e nas páginas da vossa revista.

Rutix, em Rotas do Mundo (Dez.2006)

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