sábado, 24 de outubro de 2009
Entre os monges do Tibete
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
O Everest aqui tão perto...
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Big Brother is watching you...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Debate adiado
Os flocos de neve que começam a cair parecem querer consolar-nos. Percorremos o vasto recinto em silêncio, observando as mantras pintadas nas pedras, um gato sorrateiro, e as inúmeras bandeiras de orações deixadas por peregrinos em locais aparentemente inacessíveis.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
O palácio no monte Potala
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Chegamos ao Tibete
domingo, 18 de outubro de 2009
Michael Palin, Dr. House e o Dalai Lama
Uma a uma, a bagagem de mão é aberta e inspeccionada. Não se trocam palavras, apenas gestos mecânicos. Calha-me o oficial mais jovem. Observo-o e pergunto-me se terá família, se alguma vez sorri.
Da minha mochila retira um livro. "The Gun Seller, by Hugh Laurie", é o romance policial que trouxe para servir de contraponto a toda a espiritualidade que espero encontrar no Tibete. Na capa está desenhada uma pistola acabada de disparar, com o fumo ainda a sair do cano. O rosto do jovem trai uma emoção. Acho que não teria ficado mais assustado se tivesse encontrado uma arma verdadeira!
De repente, tudo pára no aeroporto. Atrás de mim, uma jovem americana solta um sonoro “Oh, my god!”.
Com um gesto que não admite recusa, o oficial manda-me colocar a mala grande em cima do palanque e abri-la. O seu conteúdo é esvaziado, observado e descartado no chão do aeroporto, desde os chinelos de quarto à roupa interior.
É então que um embrulho em plástico preto é retirado da mala. “Ai, agora!” exclama Mara, ecoando a minha preocupação. São as compras que fiz no Thamel de Kathmandu: dez DVDs piratas e um livro, ainda por abrir. Os filmes são fiscalizados com desdém, mas o livro merece uma atenção especial. Na capa lê-se “Himalaya, by Michael Palin”.
Mais um gesto e o livro é levado para outra sala. Espero, impotente. Mal consigo conter as lágrimas e a raiva, que tento esconder dos guardas que se juntaram à minha volta. As minhas amigas, longe de mim, à distância de um murmúrio, fazem-me chegar palavras de conforto: “Vá, tem calma!” - “Pensa no que nos vamos rir, quando contarmos isto lá em casa!..."
Uma mulher polícia regressa, enfim, com o meu livro aberto nas mãos. Para minha surpresa, aponta para a foto do Dalai Lama, no seu exílio na India. A página é rasgada, perante a minha indignação silenciosa.
Já mais tarde, no hotel, folheio, pela primeira vez, o livro que nos confrontou, à chegada, com a dura realidade da ocupação chinesa. E, só então, reparo numa outra foto do líder espiritual tibetano, que escapara à furiosa censura dos guardas.
É impossível não nos sentirmos impotentes face à arrogância da China todo-poderosa. Mas consigo sorrir, ao pensar naquela foto proibida do Dalai Lama, que durante uma semana viajou comigo, clandestina, no que resta do Tibete.
O tecto do Mundo
sábado, 17 de outubro de 2009
Kathmandu - um outro olhar
Kathmandu em corrupio
Improvisados mercados aqui e ali, lembram-nos que o Nepal é essencialmente um pais rural. Estamos na festa hindu de Dashain or Durga Puja. Autocarros cheios, até no tejadilho, ajudam à migração de milhares de pessoas que deixam Kathmandu em direcção às suas terras para celebrarem, em família, os 9 dias de culto à deusa Durga. “Temos de cá voltar com mais calma” é o pensamento que partilhamos ao contemplar, cansadas, o magnífico pôr-do-sol sobre os Himalaias, na companhia de centenas de macacos saltitantes que do Templo de Swayambhunath fizeram o seu lar.



