Em Pashupatinah, em vez do cenário dantesco que antecipáramos, observamos a tranquilidade e a reverência do ritual hindu da cremação, nas margens do rio Bagmati.
Fora destes óasis arquitectónicos, a vida quotidiana decorre desorganizada. O trânsito é caótico, a construção desordenada, o leito dos rios transforma-se em lixeira, a pobreza é evidente. As mulheres usam sahri e as crianças vão para a escola de uniforme à inglesa.
Improvisados mercados aqui e ali, lembram-nos que o Nepal é essencialmente um pais rural. Estamos na festa hindu de Dashain or Durga Puja. Autocarros cheios, até no tejadilho, ajudam à migração de milhares de pessoas que deixam Kathmandu em direcção às suas terras para celebrarem, em família, os 9 dias de culto à deusa Durga. “Temos de cá voltar com mais calma” é o pensamento que partilhamos ao contemplar, cansadas, o magnífico pôr-do-sol sobre os Himalaias, na companhia de centenas de macacos saltitantes que do Templo de Swayambhunath fizeram o seu lar.
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