sábado, 24 de outubro de 2009

Entre os monges do Tibete

24 de Outubro de 2007 – Sakya, Tibete
O novo guia, de nome impronunciável, leva-nos ao último mosteiro da lista.
Em Sakya, espera-nos um cenário surpreendentemente diferente. Penetramos na sala de culto, cuja obscuridade é apenas cortada pela fraca luz que vem do exterior e por algumas velas. Todos os lugares estão ocupados por monges de diferentes idades, vestindo robes de cor escarlate e açafrão, que folheiam os livros de orações pousados nos colos. Um monge noviço vai enchendo as suas taças com leite de iaque. Quase no centro da sala, uma enorme mandala em areia colorida, protegida por um cofre de vidro, chama a nossa atenção. É então que os monges começam a recita dos textos sagrados, numa ladainha grave e profunda. De repente fazem-se ouvir o sons harmónicos e ressonantes dos címbalos, trompas telescópicas e dos tambores, acompanhando a liturgia. Sentimos que nos estamos a intrometer em algo sagrado e intimo, mas não nos conseguimos afastar. A atmosfera é solene, pesada, mágica.
Reconcilia-nos com o Tibete que viéramos procurar.

2 comentários:

  1. "Reconcilia-nos com o Tibete que viéramos procurar" ...sem duvida :-)

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  2. Já sei me tornar tua seguidora :-)...já era mas não sabia como me identificar...dããzinha, né?
    E para quando mais textos? Tenho saudades de te ler.

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